sábado, 15 de agosto de 2009

woodstock


até hoje ainda causa espanto que não tenha sido uma tragédia. Era o que os bem pensantes achavam que ia acontecer e até hoje se espantam ao ver que não foi assim. Todas as matérias sobre os 40 anos do Festival repetem este espanto. E se vingam dizendo que a utopia deu em nada.
será?
aqui eram anos de chumbo. A ditadura tinha urticária de ver aquele povo cabeludo, "mal vestido", falando coisas estranhas - paz e amor, curtindo a vida numa boa, subvertendo valores tão caros a eles. E tome repressão. É a nova arma da subversão comunista: destruir a família.
e os bem pensantes lembram sempre a cada aniversário do evento que o sonho acabou. Claro que o sonho não acabou. E Woodstock não pode ser reproduzido como evento comercial - woodstock II,
woodstock o retorno, woodstock revival. Num primeiro momento o sistema venceu. O resultado desta vitória pode ser sintetizado na crise financeira de 2008. Patético, banqueiros de pires na mão pedindo esmola ao erário público para salvar seus bonus. Deixando bem claro que aquela multidão lá já sabia o que queria e qual caminho a tomar.
o sonho continua. É preciso mudar o conceito de desenvolvimento. É preciso respeitar a capacidade de nossa mãe Terra se recuperar das feridas que lhe causamos. É preciso a volta do poder da flor, da paz e amor.
é isso aí, bicho!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009


vivo em Ubajara, cidade do interior do Ceará, a 300 km de Fortaleza, Chapada da Ibiapaba, divisa com o Piauí. Sede do Parque Nacional de Ubajara, o menor parque nacional do Brasil. Frio (muito frio!) para os padrões do semi-árido nordestino. O Parque, aberto à visitação pública, conta com trilhas, mirantes e um teleférico que leva os visitantes até a Gruta de Ubajara, sua principal atração.
pela altitude, clima, regime pluviométrico e localização é a principal região produtora de hortaliças do Estado. E agora também produz rosas que são até exportadas.
quero apresentar daqui o que eu vejo no mundo a partir de Ubajara.

hora da merenda, que hora tão feliz!
a garotada adora. Todos participam e limpam os pratos. Comidinha honesta, que aquece o estômago da garotada. Saem esfusiantes para o recreio. De volta, escovar os dentes. Uma vez por semana, bochechar com flúor.
de volta à sala de aula, enfrentar o conteúdo e coisa e tal. A escola está funcionando provisoriamente num galpão de uma propriedade rural. O prédio a chuva derrubou. Em reformas para o início das aulas do segundo semestre.
e se a gente pensasse a educação no Brasil a partir das necessidades destas crianças?