domingo, 4 de dezembro de 2011

Território Maciço de Baturité: A CAJUINA SÃO JOÃO JÁ É UMA REALIDADE.

Território Maciço de Baturité: A CAJUINA SÃO JOÃO JÁ É UMA REALIDADE.: Resultado do trabalho sério e comprometido de José Humberto de Lima Barreto - consultor do IRT/MDA, o PTCP (Plano Territorial de Cadeia Pr...

Território Maciço de Baturité: A CAJUINA SÃO JOÃO JÁ É UMA REALIDADE.

Território Maciço de Baturité: A CAJUINA SÃO JOÃO JÁ É UMA REALIDADE.: Resultado do trabalho sério e comprometido de José Humberto de Lima Barreto - consultor do IRT/MDA, o PTCP (Plano Territorial de Cadeia Pr...

terça-feira, 19 de julho de 2011

O bondinho de Ubajara

Julho, mês de férias, ótima época para conhecer o Parque Nacional de Ubajara e sua jóia mais preciosa: a Gruta de Ubajara. Criado em 1959, por sugestão feita pelo então diretor do Serviço Florestal do Ministério da Agricultura, David Azambuja, ao Presidente Juscelino Kubitschek, em área de 563 ha, foi, por muito tempo o menor parque nacional do Brasil. Mais recentemente, teve sua área aumentada para 6 mil e poucos ha, mas ao que me consta ainda sem demarcação. A gruta sempre atraiu visitantes, que enfrentavam as penosas caminhadas das trilhas existentes, sendo recompensados pela maravilhosa beleza do lugar.
Nos anos 70 do século passado, o então governador César Cals olhou para a região e suas potencialidades e pela primeira vez a Ibiapaba foi contemplada com ações integradas do Governo do Estado, que construiu estrada, trouxe para cá uma porção de agências governamentais, tentou modernizar a cultura do café, introduzindo o café do sol, com tecnologia emprestada de São Paulo e Minas Gerais, trouxe uma usina de alcool e  implantou o Complexo Turístico no Parque Nacional, com a instalação de um teleférico e iluminação de parte da Gruta para visitação pública, guiada. 
A usina funcionou um tempo. Com o fim do Proalcool mudou de dono, deixou de pagar os agricultores que forneciam cana e hoje tem uma atividade vagalume. A cadeia produtiva da cana de açúcar, desarticulada.
O café do sol, após umas primeiras safras altamente produtivas, paga o preço do manejo antiecológico. Deixou como herança o desmatamento e a falsa noção de que os insumos modernos (adubação química, venenos) são a salvação da lavoura.
Ao contrário do que apregoa a quadrilha do Aldo Rabelo, a unidade de conservação do meio ambiente é o único empreendimento que restou em condições de gerar emprego e renda. Curioso, não? Este fato merece uma reflexão, no mínimo.
Deixando as considerações de lado vamos ao que interessa. A gente pode chegar a Gruta de duas maneiras: pelo bondinho, numa viagem rápida e confortável, solto no espaço, com uma vista maravihosa das belezas do Parque; ou pela trilha, numa caminhada de umas duas horas, usufruindo, com mais vagar, todas as maravilhas que a Natureza coloca a nossa disposição. Se o seu preparo físico permitir, acho a opção mais recomendável, deixando o bondinho para a volta, a subida, numa merecida recompensa. Na entrada do Parque você encontrará guias, que lhe darão todas as informações necessárias.É importante lembrar que estamos em uma unidade de conservação, portanto, observância estrita a todas as recomendações do guia: não levar nada, a não ser fotografias, boas lembranças e o lixo - garrafas dágua, sacos de papel e plásticos, que tenhamos trazido com guloseimas. Não deixe as marcas de sua passagem.
Curta bastante e aproveite tudo que a Natureza coloca a sua disposição neste passeio. Sinta o cheiro gostoso do mato, observe o porte das árvores, a grande quantidade de diferentes cipós, a variedade de cores das folhas e flores da floreta. Ouça o barulhinho bom da água correndo e caindo serra abaixo, acompanhe o movimento dos macaquinhos e mocós, sem esquecer de escutar o canto dos pássaros. Surpreenda-se com as formações da gruta. Difícil imaginar tanta cor e beleza naquela escuridão, terra adentro.
Ao final da visita a gente consegue entender porque uns poucos despendem tanto esforço em defesa do meio ambiente. Nele vivemos e dele depende nossa sobrevivência. Não somos assim tão superiores.
Talvez, mais presunçosos.
 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

a vida e o fim

A menina, de 14 anos, toma veneno, um inseticida destes usados na lavoura, dando fim a própria vida.
Nada a prenunciar tal desfecho. Dançara quadrilha, fora eleita rainha num destes festivais de época, nadara pela manhã nas piscinas, belo conjunto natural, na beira do talhado da serra.
A comoção, na família e comunidade, foi proporcional ao gesto.
O que pode levar uma pessoa, ainda mais em plena descoberta da vida, a ato tão antinatural? Faz parte da natureza de qualquer forma de vida uma luta tenaz e denodada por sua preservação.
Coisas do ser humano, por certo. Só ele é capaz de criar tal desprezo pela vida. Pelas várias formas de vida existentes na natureza, pela de seus semelhantes e até pela sua própria. Que ele considera a única a ter importância, dela podendo dispor a seu bel-prazer. Seria, então, apenas o exercício do livre arbitrio: minha vida de nada vale e é melhor por termo nela.
Difícil de aceitar. Para mim, vivendo mais de meio século, sempre a esperar que a vida ofereça algo de novo, é duro admitir tanta frieza, aos 14 anos, idade que nem a lei  considera alguém capaz de discernir entre o certo e o errado.
Desencanto, desesperança?
A gente sempre tá querendo uma explicação para o que nos intriga ou nos perturba. Achado um porque, ficamos mais calmos, mais seguros, com a certeza da volta do mundo aos trilhos da normalidade. E damos preferência a explicações que nos deixem fora dos problemas. O que mais prezamos é nosso sossego. Mas não será hora de lembrarmos que fazemos parte do gênero humano? E que calor humano, convivência, solidariedade, o sentimento de fazer parte de um grupo são poderosos antídotos contra a depressão e contribuem, de forma eficaz, para alimentar a esperança?
Se diz que a esperança é a última que morre e que enquanto há vida, há esperança. Penso ser mais correto: enquanto há esperança, há vida.
Talvez, preocupados com a sobrevivência, ocupados em conseguir o mais que pudermos no mais curto espaço de tempo, deixemos de olhar o mundo a nossa volta, sem notar que o futuro é o que construimos agora. Mornos, vamos levando a vida com indiferença. Conformados, achamos que  o mundo é isto mesmo, nada temos que fazer, além de manter o umbigo limpo.
O egoísmo não nos leva para o céu. Nem nos dá condições de uma vida melhor, aqui na terra.
Que mundo estamos oferecendo para as novas gerações? Quais valores prezamos?

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Em defesa dos corruptos


A imprensa noticia uma série de operações policiais, cumprindo mandatos de prisão de prefeitos, secretários municipais, empreiteiros, empresários, enfim, gente envolvida em desvio de dinheiro público para contas particulares. Notícia alvissareira, afinal, a Polícia e o Ministério Público cumprem seu dever de apurar irregularidades no cumprimento das leis, mostrando que mesmo as autoridades devem a ela se submeter. Independente dos resultados dos processos, serve de alerta para os que estejam com alguma intenção escusa, obrigando-os a desistir de seus intentos ou a redobrar os cuidados com a manipulação das verbas públicas.No entanto, olhando a realidade da administração pública da maioria dos municípios do interior do nosso Brasil, os corruptos se configuram como uma categoria de empreendedores, que, embora empregando meios condenáveis, acabam contribuindo para o progresso. O dinheiro desviado acaba sendo empregado em seus empreendimentos particulares (que não são as empresas fantasmas que participam das concorrências fraudulentas), seja no setor imobiliário, de transporte, de comércio ou construção civil, e acabam gerando empregos, até com carteira assinada e direitos trabalhistas, e renda para o município, quase sempre outro, diferente de onde foi prefeito. Não sendo flagrados, tem até a possibilidade de receber o prêmio de contribuinte do ano, pelo volume de pagamento de impostos de suas empresas particulares e até mesmo entrar nas listas de melhor lugar para trabalhar.Para atingir este status de respeitáveis empresários, correm riscos: além dos inerentes ao sistema capitalista, tem a Polícia, o Ministério Público, a Imprensa e, as vezes, até a oposição de olho. Com a ameaça de ter de devolver aos cofres públicos uma parte do dinheiro desviado (o que nem sempre representa um prejuizo, para eles).Porém (e isso dói), além desta rapinagem explicita, que pode ser combatida com as armas da lei, existe outra forma de dilapidação do dinheiro do contribuinte: administrações amadoras e incompetentes. E aí, o Ministério Público não pode atuar, a Polícia não tem como agir e a imprensa não vê escândalo suficiente para uma manchete. A cidade fica estagnada, a população na mesmice e as melhores cabeças vão atrás de oportunidade em um lugar que lhe valorize os talentos. Os valores que imperam são o clientelismo, o fisiologismo, a troca de favores pelos votos da próxima eleição, para continuar este círculo vicioso. Meus sinceros elogios a atuação do Ministério Público e da Polícia. Meus votos para que a imprensa não viva só de manchetes, mas que paute também estes desperdício do cotidiano.E, principalmente, que nós contribuintes, ao exercermos o papel de eleitor, nos lembremos que é o nosso dinheiro que os políticos gastam.
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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Fotografe primeiro, faça o foco depois


Clique na foto e veja o que acontece. Se gostou, veja mais.

Transporte público

Merecemos um transporte assim!
Já notaram que toda regulamentação em torno do transporte público, aqui em nossa abençoada terra , se dá em prejuízo do usuário?
Será por que ele ainda não juntou um dinheirinho pra comprar seu próprio carrinho, com as facilidades de juros 0,x%,  fazendo parte da nova classe emergente e insiste em lotar os ônibus e topics, que fazem a fortuna de seus privilegiados donos?
Cada vez que se anuncia uma medida, podemos ter certeza que vem junto uma diminuição da competição entre as empresas, com a consequente diminuição da qualidade de serviço prestado.
Imagino, se não seria possível, estabelecer regras claras de prestação de serviço e segurança aos usuários, liberando a entrada para qualquer empreendedor que se disponha a entrar no negócio?
Aqui, na terrinha, ficamos só com uma empresa para o transporte até Fortaleza e uma outra de topics para o tranporte regional.
No real, perdemos a opção de preços mais baratos, que aconteciam quando havia alguma competição: de Ubajara a Tianguá, a gente tinha a Linhares a R$ 1,00 e as topics a R$ 2,00. Hoje ficamos de topic a R$ 2,50, viajando superlotadas, com passageiros em pé, em segurança precária.
Fiscalização?!? Prá que? Houve um processo de concorrência. Findo isto o usuário que se lixe.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

23 de junho de 1911 - 23 de junho de 2011

Esta data marca os cem anos de nascimento de uma pessoa extraordinária.
Que deixou a todos que tiveram o privilégio de conviver com ele um legado de alegria, bom humor, compreensão, ternura, decência e a convicção de que cada um de nós pode alcançar os nossos objetivos, graças ao próprio esforço.
Seu grande prazer era agradar os outros, o que fazia com muita dedicação e mimo. Não podia saber que alguém precisava ou tinha desejo de alguma coisa, que movia céus e terra para tornar isto realidade.
Nadava como poucos e adorava saltar da ponte para os rios cheios no inverno, com mortais acrobáticos, provocando suave censura da esposa, que achava aquilo exibicionismo dispensável.
Exímio pé-de-valsa, não perdia arrasta-pé de Campo Maior a Castelo, no Piauí, em seus tempos de solterice, montado em poderosa bicicleta para estes deslocamentos.
Funcionário público do Ministério da Fazenda, andou pelas coletorias de Piracuruca, Senador Pompeu, Cascavel, proporcionando aos filhos, ricas vivências. Encerrou sua carreira em Fortaleza, quando se aposentou como Auditor Fiscal do Tesouro Nacional. Sua entrada no serviço público se deu através de concurso, livrando-o de pedir favores ou prestar vassalagem a quem quer que fosse, o que lhe rendeu admiração firme a Getúlio Vargas, que introduziu este instrumento, até a sua morte.
É muito difícil descrever em palavras uma pessoa que era puro sentimento.
Para mim uma data especial.
Obrigado, papai, por tudo que você deixou conosco.

domingo, 19 de junho de 2011

Desenvolvimento sustentável

O conceito de desenvolvimento vigente em nosso País, desde 1500, considera apenas o crescimento econômico, aprofundando as desigualdades, excluindo e marginalizando os atores locais, considerados um magote de ignorantes, atrasados, destinados ao atropelamento pelas hiluxs da modernidade. Desprezam-se cultura, crenças, valores, saberes tradicionais, tratados como um entulho que atravanca o progresso, entendido como a substituição de sistemas tradicionais por um dito moderno. Troca-se também os atores locais, vistos como atrasados, por atores externos, que se acredita modernos. Na prática, atores externos poderosos e apoiados no Estado e atores locais desprezados pelo Estado - muitas vantagens para os primeiros e altas desvantagens para últimos.
Resultado: a economia cresce, a desigualdade aumenta, o retorno e reflexos sociais e econômicos para a região tornam-se discutíveis.
Fosse outra a visão dominante, certamente seria outra a situação de nossa agroindústria artesanal da cana de açúcar, com reflexos positivos em nossa cidade e região, particularmente na condição de seus moradores.
A partir dos anos 90, constatada a ineficácia do modelo desenvolvimentista vigente, começa-se a pensar o desenvolvimento a partir da ampliação da participação dos atores e instituições locais.
Com a ascenção do Presidente Lula ao poder surgem políticas públicas focadas nesta visão de desenvolvimento local sustentável, que encontram dificuldades em sua implementação, devido a falta de empenho dos poderes públicos locais, para quem o modelo anterior era mais vantajoso e a perda da confiança dos atores locais, escaldados pelas práticas anteriores.
O Plano Brasil sem Miséria, que busca aprofundar o alcance destas políticas, enfrentará dificuldades semelhantes. Muito apoio a ações assistencialistas, que favorecem a permanência de práticas clientelistas e falta de empenho na mobilização e organização das forças locais que conduzem a uma verdadeira mudança de padrão de vida.




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Alfabetização


Embora proclamem a todo momento os progressos obtidos na alfabetização, os "gonverno" federal, estadual e municipal insistem em placas e faixas com erros de ortografia e concordância.
O que nos leva a crer num longo caminho a ser percorrido ainda.
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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Rasgando dinheiro


(Este post foi publicado em junho de 2011 e posteriormente retirado. Infelizmente a situação só se agravou de lá pra cá. Republico-o, então.)
Rasgar dinheiro é considerado por muitos como sintoma definitivo de insanidade. Aplica-se ao rasgar, propriamente dito, como também a ingerir dinheiro ou mesmo rebolar no mato. E, acredito, tanto faz se é dinheiro próprio ou de terceiros. É sintoma muito forte.

No caso de dinheiro público, acredito não haver ainda uma jurisprudência firmada. O que talvez explique a pouca cerimônia com que os responsáveis pela sua administração o desperdiçam. É o que vemos, diariamente, à luz do dia, nesta obra realizada às margens da rodovia CE 187, no caminho do bairro São Sebastião. Um aterro de proporções monumentais, com grande movimentação de terra, intenso movimento de caçambas, máquinas, apontadores, fiscais, curiosos, prenunciando uma grande obra. Que o bom senso diz, claramente, estar sendo feita no lugar errado. Com certeza, haveria nesta cidade um lugar onde ela ficaria bem mais barata.
Ali mesmo, no local da obra, foi construído, no início do primeiro mandato da atual administração, um equipamento adequado ao local: uma pista de cross, bastante usada em seu início. Uma obra barata e interessante, que com calendário adequado e gestão profissional eficiente, ainda hoje poderia estar servindo a população de Ubajara, inclusive no aspecto de educação quanto ao uso seguro de motos.
O dinheiro movimentado pelo poder público, seja ele municipal, estadual ou federal, não cai do céu. É retirado de cada um dos moradores através dos impostos. De cada três quilos de feijão que cada um de nós compra, um vai para pagar a máquina do governo e custear serviços e obras em benefício da população. É um bocado de dinheiro, conseguido através de muito suor e jornadas de trabalho, que em alguns casos, vão de domingo a domingo, com uma folga no domingo a tarde. Por isso mesmo mereceria um maior respeito pelo poder público.
As caçambas, máquinas, pessoal, terra, enfim os recursos disponibilizados aqui poderiam ser aplicados em outras obras - ali mesmo em frente tem uma estrada necessitando de reparos.
A imprensa nos leva a acreditar que a grande responsável pelo desperdício do dinheiro público é a corrupção. Na realidade, a corrupção é praga antiga, ainda não debelada, que causa grande estrago nos recursos públicos. Mas com certeza o descaso pela aplicação criteriosa dos recursos públicas causa prejuízo maior. No caso de corrupção ainda existem os que se beneficiam e usufruem destes recursos.
No caso do desperdício o prejuizo é total.
Uma pergunta simples que gostaria de fazer a todos os envolvidos ali nesta obra: "se fosse com seus próprios recursos, você faria uma obra deste tipo?"
Seria interessante observar as respostas.

sábado, 26 de março de 2011

ficha limpa se fux

Eis que chega o novo ministro, com notável saber jurídico e independência, e proclama seu voto restabelecendo de pronto o estado de direito, ameaçado por lei casuística, que ameaçava deixar  fora do Congresso Nacional eminentes senhores de colarinho branco, apenas porque tinham se descuidado na manipulação do dinheiro público e alguns outros deslizes menores, nada que colocasse em risco as instituições, como tentava fazer a malfadada lei.
Que afinal fora proposta pelo povo, se aproveitando de facilidades oferecidas pela atual Constituição, que não levou em conta quanto ele pode ser inconveniente. E só fora aprovada por pressão popular, pressão esta que pode nos transformar num novo Egito, se pegar esta moda de sair linchando corruptos, sem considerar a presunção de inocência, os infindaveis recursos e as muitas instâncias que se precisa percorrer, antes que prescreva um crime.
Acredito ser bem atual a proposta de constituição feita por Capistrano de Abreu, aqui do Maranguape, quando disse de forma bem simples: 
Art. 1º - Todo brasileiro deve ter vergonha na cara.
Parágrafo único: Revogam-se as disposições em contrário.
E tenho a certeza de que um indivíduo que não possa ser admitido no serviço público, por concurso, por falta de bons antecedentes, não poderia ter o registro de candidatura aceito.
Foi dado o pontapé inicial para o sepultamento desta lei. Em 2012, vão concorrer às eleições centenas de prefeitos que tiveram sua contas desaprovadas nos TCMs, TCUs e correlatos, alegando inocência das acusações, perseguição e quejandos.
E nóis, cuma fica?

quinta-feira, 10 de março de 2011

Tem coisa...

De repente para a bateria. Param os instrumentos. E a multidão leva o samba no gogó, segurando a evolução da Escola.
O momento mágico do desfile das escolas de samba neste ano: de arrepiar!
Tem coisa que só a Mangueira faz!
Entendesse de futebol, o locutor da Globo saberia que aquele era acontecimento único, gol de placa, daqueles que obrigam o juiz a pegar a bola, entregar pro craque e encerrar a partida. Depois daquele instante, nada mais fazia sentido.
Lance digno de replay, dispensando comentários óbvios, pela força em si.
Os jurados, porém, ficam encastelados numa bolha, escutando apenas a locução da dona do desfile e certamente não tiveram noção do que estava acontecendo ali na avenida, debaixo de seus narizes. E inda teve um que tacou uma nota 9 na bateria da Mangueira, a nota mais baixa dada a qualquer bateria que tenha participado do desfile. Pode?!?
Acabava de ser reinventada a paradinha. De ser dada a ela uma nova e eletrizante dimensão. E a dona da bola lá, fazendo ouvidos de mercador, empenhada em fazer vitoriosa a escola por ela patrocinada, com um desfile belo e saboroso como um bolo de isopor.
Tem coisas que só a Mangueira faz!
Ousadia, surpresa, inovação. É isso que faz a magia do Carnaval carioca. Sempre pronto a se reinventar, como o futebol brasileiro. Seguro e irreverente como um gol de Neimar.
A bênção Cartola e Carlos Cachaça. A bênção Nélson Cavaquinho. A bênção todos os mangueirenses, que seguram a chama desta escola, a mais querida e apaixonante de todas.
Mangueira é Nação ... é Comunidade!
"Minha festa", teu samba ninguém vai calar...
(esta bela foto da comissão de frente, que trouxe o morro pra Sapucaí é de autoria de Lucíola Villela, a quem presto minha homenagem)
 
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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A vontade do rei

Eis que em convocação extraordinária, para votar matérias urgentes de interesse do governo, o governador envia mensagem que na prática revoga toda a legislação ambiental existente no País.
Isto numa semana em que vimos que com a natureza não se brinca.
É muito triste ver um governador tão jovem, com a visão esclerosada de que é o meio ambiente que atrapalha o pogrécio.
Na realidade o que astravanca o pogréçio é a inguinoransa.
Mas como nossos deputados, com honrosas exceções, comem na mão do governador e preferem uma vantagem agora que o futuro das novas gerações, as chances de aprovação deste absurdo são as maiores possíveis.