domingo, 14 de fevereiro de 2010

Direito de greve

primeira greve no serviço público em Ubajara. Os professores, da rede municipal, reinvidicam um dinheiro que a prefeitura afirma já ter pago e procura desqualificar a greve usando aqueles argumentos que estamos carecas de ouvir sempre que há alguma reinvidicação de direitos. Sem entrar no mérito da questão, a greve é um marco em alguns pontos: mostra uma desejável profissionalização do serviço público no âmbito municipal; faz um salutar questionamento sobre a aplicação dos recursos públicos no município; contesta a idéia, cristalizada na grande maioria dos municípios brasileiros, de que o prefeito pode aplicar os recursos recebidos a seu bel prazer, sem prestar contas a ninguém.
Talvez isso pareça meio anacrônico, mas é a realidade da imensa maioria dos municípios que vivem sem receita própria, de repasses do governo federal, aplicados conforme as conveniências dos gestores, atendendo apenas às normas de prestação de contas do órgão repassador, de costas para a realidade dos cidadãos.
Nenhuma repercussão na imprensa do Estado. Mas os jornalões não se esquecem de vender espaço pago para os gestores divulgarem e louvarem suas realizações.
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